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A história de Ani

Meu nome é Ani e esta é a minha história:

Quando eu tinha 19 anos, meu sonho era ser chefe de cozinha. Mas, nesta época, eu não tinha dinheiro para continuar com minhas aulas de gastronomia. Eu precisava encontrar algo rapidamente para poder continuar com meu curso. Então, encontrei o que achei ser a solução perfeita: uma oferta de emprego na internet para trabalhar em um restaurante com um ótimo salário! A única coisa que o anúncio pediu foi que eu aparecesse naquele mesmo dia para que não perdesse a oportunidade. Eu não tinha nenhuma outra opção, então decidi ir para a entrevista. Nesse mesmo dia, cheguei ao local escolhido para encontrar meu futuro empregador. Quando cheguei lá, algumas pessoas me atacaram e me obrigaram a entrar em um carro. Eu sabia que eu tinha sido enganada, mas temia o quanto isto acabaria sendo ruim para mim.

Depois de muitas horas de viagem, cheguei em uma cidade distante e desconhecida. Os intermediários que me levaram, confiscaram meus papéis e me entregaram a um dono de restaurante. Eles queriam me levar para fora do país para exploração sexual, terminado o período da pandemia. Quando meus sequestradores estavam distraídos, pude aproveitar a situação e contatar minha família que rapidamente chamou a polícia e o Ministério Público para ir ao restaurante.

Agora, as irmãs de Talitha Kum de Red Kawsay Peru estão me ajudando a obter apoio psicológico e espiritual que já tem sido tão importante para a minha recuperação. Eu também consegui obter a ajuda necessária para continuar meus estudos de gastronomia.  

Ani é uma vítima em um país onde, infelizmente, há muitas pessoas em sua mesma situação. Em seu relatório de 2020, o UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime) relatou que em 2018, 96,6% das vítimas do tráfico no Peru eram mulheres e 99,8% desses casos eram para a exploração sexual. Além disso, das pessoas identificadas como vítimas de tráfico de pessoas pelas autoridades estatais de Peru, Venezuela, Equador, Colômbia, Brasil e outros países sul-americanos, as pessoas com cidadania peruana representavam o 83,6% das vítimas.

(UNDOC “Global Report on Trafficking in Persons – Country Profile: South America”, 2020)